MITOS OU VERDADES?

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Sabemos que os exercícios físicos são muito importantes para a saúde do coração. E as crianças com cardiopatia congênita também entram nessa turma. Mas, atenção! Antes é preciso que a criança passe em avaliação com um médico cardiopediatra que, por meio de exames, vai orientar sobre a melhor modalidade, frequência e intensidade do exercício. Dessa forma, ele trará benefícios e nenhum mal para o sistema cardiovascular. A prática de atividades físicas nessas fases da vida funciona também como um ótimo ambiente para a socialização e o bem-estar das nossas crianças e jovens.

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Os avanços tecnológicos e na medicina têm permitido tratamentos cada vez menos invasivos, para a correção das cardiopatias congênitas, sem a necessidade de cirurgia “a céu aberto”, ou seja, abrindo-se o peito. Nesse tipo de procedimento, a integridade da pele é mantida, e a recuperação é mais rápida.

Estamos falando do cateterismo cardíaca, técnica que utiliza o catéter como instrumento para examinar e, em muitos casos, fazer correções no coração.
No exame, o cateterismo consegue medir a pressão de vasos, do interior das câmaras cardíacas (átrios e ventrículos) e da interface do coração com o pulmão – informações importantes para definir a evolução de várias doenças e para a indicação de tratamentos.

E quais as correções que podem ser feitas por meio do catéter?

Várias, e a evolução da técnica só faz esse número aumentar. Por exemplo, utilizando-se de próteses, é possível corrigir comunicação interatrial (CIA) e interventricular (CIV).

Com coil (fio metálico maleável), fecham-se o canal arterial pérvio e vasos colaterais sistêmicos-pulmonares, por exemplo.

E com stents (estruturas metálicas para dar sustentação à parede dos vasos) e catéter-balão (catéter com balão inflável na ponta, para abrir estruturas, comprimindo-as nas paredes dos vasos), podem ser tratados estreitamentos de vasos e válvulas, como a aórtica e a pulmonar.
É possível até mesmo implantar uma válvula cardíaca, que entra fechada pelo cateter e é aberta diretamente sobre a válvula que está doente, substituindo-a.

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Muitas pessoas me perguntam sobre quando se deve procurar um cardiopediatra para seus filhos, principalmente quando eles parecem ter saúde normal e nenhum sinal de cardiopatia congênita.

Isso deve acontecer o quanto antes quando há na família várias pessoas que tiveram infarto ou AVC ou que têm fatores de risco importantes, como hipertensão, obesidade e colesterol muito alto ou doenças congênitas do coração. Nesses casos, é super indicada a avaliação cardiológica e a coleta de exames laboratoriais dos pequenos mais cedo, seja para diagnosticar doenças e tratá-las ou, melhor ainda, para prevenir seu surgimento no futuro.

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Muitos pais me procuram assustados porque o pediatra disse que seu filho tem sopro – um barulhinho que surge quando o sangue passa por determinadas estruturas do coração que podem estar alteradas. Embora seja um alarme para que o cardiologista pediátrico avalie a criança, nem todo sopro é sinal de doença cardíaca. Muitas vezes ele surge no decorrer do desenvolvimento da criança (por causa de mudanças nas estruturas do coração, por diferenças na caixa torácica da criança etc.) e não está ligado a uma doença do músculo ou das válvulas cardíacas.

O sopro que exige tratamento é aquele acompanhado de sinais como falta de ar, lábios roxos (cianose) ou palpitações e, até mesmo esses, o cardiologista pediátrico pode tratar com medicamentos, inclusive em bebês menores.

Para aqueles que precisam de tratamento cirúrgico, existem hoje grandes centros cardiológicos que realizam a operação de forma rotineira, com ótimos resultados. Uma consulta com o cardiopediatra pode definir claramente o sopro benigno/inocente daquele que precisa de tratamentos mais específicos.

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