A Tetralogia de Fallot é a cardiopatia congênita cianótica mais comum e uma das primeiras corrigida por cirurgia.
O que é a doença
É uma alteração grave na formação do coração sustentada por 4 modificações: estenose pulmonar infundibular (um estreitamento da saída do fluxo sanguíneo do ventrículo direito – uma das “bombas” do coração, que manda sangue dele para o pulmão -, o que resulta em dificuldade dessa ejeção de sangue); hipertrofia do ventrículo direito (a parede muscular dessa cavidade engrossa, pelo aumento de pressão dentro dela); comunicação interventricular (uma fenda na parede que divide as “bombas” do coração e dextroposição da aorta, a qual fica desviada sobre o topo do septo interventricular, facilitando a ejeção de sangue pouco oxigenado, diretamente para a circulação do corpo.
Sintomas
O quadro mais frequente após o nascimento da criança é o de cianose (arroxeamento de lábios e leitos ungueais) leve a moderada. É daí que vem o termo de “bebê azul”!
Caso sejam graves os desalinhamentos, pode haver cianose grave associado a falta de ar intensa e pouco ganho de peso neonatal.
Tratamento
O principal objetivo do tratamento é regular os níveis de oxigênio no sangue das crianças. Nos quadros graves, será necessário iniciar Prostaglandina E 1 no berçário e então a cirurgia de Blalock-Taussig modificada ou a colocação de um stent no canal arterial após o nascimento. A cirurgia corretiva envolve: fechamento do septo interventricular com tela de Dacron para que o sangue flua corretamente; ressecção muscular para ampliação da via de saída do ventrículo direito, e valvoplastia pulmonar.
Prevenção
Como a etiologia da doença é fortemente genética, é importante o aconselhamento genético e o diagnóstico precoce pelo eco fetal.
Por @rafaantunes08 e Dra. Vanessa Guimarães CRM 118.641
Ilustração: @hanadastudy
– Dra. Vanessa Guimarães: Cardiologista pediátrica, UTI cirúrgica e Transplante Cardíaco –