O palivizumabe é um anticorpo monoclonal IgG1 humanizado, sendo assim erroneamente chamado de vacina pois ele confere o anticorpo já pronto e não estimula o sistema imune da criança a produzi-lo. Ele pode ser usado concomitantemente com as vacinas do calendário rotineiro.
É aplicado meses antes do período de sazonalidade, que varia de região para região mas é em média entre março e julho – veja a tabela do post 😊. São necessárias 5 doses mensais (salvo exceções) em crianças até 2 anos com determinadas indicações.
No Brasil, atualmente, essas indicações do Ministério da Saúde para o uso de palivizumabe são:
– Bebês nascidos com 28 semanas ou menos (até 28 semanas e 6 dias), durante a primeira sazonalidade do VSR, quando esta ocorre durante os primeiros 12 meses de vida.
– Crianças menores de 2 anos de idade (até 1 ano 11 meses e 29 dias) com:
– Doença pulmonar crônica da prematuridade (displasia broncopulmonar) que necessitem de oxigênio suplementar, broncodilatador, diurético ou corticoterapia nos 6 meses anteriores ao início da sazonalidade do VSR.
– Doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica. As que mais se beneficiarão são as portadoras de cardiopatia acianótica em uso de medicamentos para controle de insuficiência cardíaca congestiva e necessitam de correção cirúrgica e também as crianças com hipertensão pulmonar moderada a grave.
Existem outras situações clínicas que também conferem um risco elevado de infecção grave pelo VSR e que devem ser avaliadas individualmente:
• Síndrome de Down
• Anormalidades anatômicas pulmonares e doenças neuromusculares
• Imunodepressão
• Fibrose cística
Informação é a melhor forma de prevenção! Se seu filho ou seu paciente se enquadra nesses critérios, encaminhe-o no período de sazonalidade para prevenção adequada.
Por: @biacriniti e Dra. Vanessa Guimarães CREMESP 118.641
– Dra. Vanessa Guimarães: Cardiologia pediátrica, UTI cirúrgica e Transplante Cardíaco –