Olá meus queridos, tudo bom? Hoje, no Projeto Pupilos da Dra. Vanessa, iremos falar sobre a Endocardite Infecciosa.
A endocardite infecciosa (EI) é definida como um processo inflamatório do endocárdio (valvar ou mural) causado, mais comumente, por infecção bacteriana, e, em casos mais raros, por fungos, vírus, rickettsias, micobactérias e clamídias. A EI (Endocardite Infecciosa) ocorre com maior frequência em portadores de anomalias cardíacas congênitas ou adquiridas e representa importante causa de morbidade e mortalidade na faixa etária pediátrica, sendo responsável por cerca de 0,2 a 0,5% das internações pediátricas.
COMO ELA SE MANIFESTA?
O diagnóstico clínico baseia-se nos sinais de bacteremia ou fungemia, achados clínicos de valvulite (sopro cardíaco), embolização periférica e fenômenos vasculares imunológicos. Em crianças, o início geralmente é insidioso, com febre baixa prolongada e queixas inespecíficas, como fadiga, artralgia (dor nas articulações), mialgia (dor nos músculos), emagrecimento e sudorese.
COMO O DIAGNÓSTICO É REALIZADO?
O diagnóstico baseia-se no quadro clínico do paciente e em exames complementares. O diagnóstico laboratorial sugestivo pode ser feito por meio de hemoculturas positivas e outros achados laboratoriais incluindo hemograma, velocidade de hemossedimentação (VHS), proteína C reativa (PCR), fator reumatoide (FR) e elementos anormais do sedimento urinário (EAS). Importante lembrar que a hemocultura deve ser colhida em todos os pacientes com febre inexplicada, sopro cardíaco e cardiopatia. Exames como eletrocardiograma (ECG) e ecocardiograma (ECO) são importantes para evidenciar o grau de comprometimento no sistema de condução do coração e identificar as lesões estruturais, respectivamente. A ressonância nuclear magnética (RNM) e o ecocardiograma transesofágico (ETE) são úteis em casos de maior gravidade.
Por: @emanuellecamolesi e Dra. Vanessa Guimarães
CREMESP 118.641
– Dra. Vanessa Guimarães: Cardiologia pediátrica, UTI cirúrgica e Transplante Cardíaco –